quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Subida do Nível do Mar



- Desde o nascimento da Terra que ocorrem variações do nível do mar. Durante o último período glaciar, o nível do mar era muito inferior que o observado agora, devido ao congelamento e armazenamento da água nos continentes. Hoje em dia, o nível do mar aumenta e o principal culpado chama-se aquecimento planetário.


** Mapa de Elevação do Nível do Mar no Ano 2100, Zona Centro.


- O nível do mar pode variar devido a variação da quantidade de água nos oceanos, ou porque os continentes se movimentam. A Terra leva muito tempo para se ajustar à variação do peso da água e do gelo que se encontra em cima dela. É, por este motivo que os movimentos dos continentes, hoje, são geralmente o resultado de processos que aconteceram há milhares de anos. As variações da quantidade de água nos oceanos podem acontecer mais rapidamente.
O que influencia o nível do mar e quanto ele aumenta?


- Os dados geológicos mostram que, ao longo dos últimos 6000 anos, o nível do mar subiu, em média, 0,5 a 1,0 milímetros cada ano. Esta subida do nível da água apresentou uma variação de um local para outro mas, e de uma maneira geral, a dilatação da água e ganhos resultantes da fusão dos glaciares continentais são os grandes responsáveis por esta subida média do nível do mar. Ao longo dos últimos 3000 anos, o nível do mar aumentou de uma maneira mais lenta, em média de 0,1 a 0,2 milímetros por anos, ao contrário do observado durante o século 20, onde as taxas de elevação do nível do mar aumentaram 10 vezes mais rápido, ou seja, entre 1,0 e 2,0 milímetros cada ano. Para uma subida do nível do mar de 1 centímetro, 1 metro de terra firme costeira, aproximadamente, que se afunda na água do mar.
A maioria das pessoas pensam que a subida do nível do mar é devida à fusão dos glaciares continentais. Na realidade, o factor mais importante corresponde à diminuição da densidade da água quando ela aquece, o processo é chamado dilatação térmica (aumento de volume). Os oceanos encontram-se numa depressão (bacia) e, então, a única maneira de fazer face ao aumento de volume é de subir o seu nível.

- Um aumento da temperatura faz diminuir a densidade da água. Isto faz, então, aumentar o seu volume. Os oceanos são como bacias e a subida do nível do mar é o único meio que os oceanos têm para aumentar o seu volume. O resultado final são inundações.

*Autor: Lucinda Spokes.

- O ganho de água vinda da fusão do gelo glaciar continental representa a segunda causa mais importante da subida do nível do mar (o gelo dos "icebergs" que flutuam sobre o mar não têm nenhum efeito sobre o nível do mar, é um exemplo do princípio de Arquimedes). Se todo o gelo que se encontra sobre o continente Antárctico e Gronelândia fundisse, o nível do mar subiria 70 metros. Isto significa que uma fraca variação das quantidades de gelo que se encontram na terra firme pode ter graves consequências sobre o nível do mar. Mesmo pequenas calotas glaciares e os glaciares de dimensões reduzidas que se encontram sobre a Terra contêm água suficiente para fazer subir o nível do mar de 0,5 metros.



O princípio de Arquimedes anuncia: "Um objecto totalmente ou parcialmente imerso na água é empurrado para cima através de uma força igual ao peso do volume da água deslocada".

- Os cientistas pensam que o gelo que cobre a Antárctida, e que se encontra em quantidades enormes, não tem contribuído realmente para a subida do nível do mar ao longo do século passado. Apesar do aquecimento do clima, o aumento da temperatura no verão não é suficiente para fundir grandes quantidades de gelo. Parece, mesmo, que o aquecimento climático faz cair mais neve, favorece a formação de gelo e baixa o nível do mar nesta região. Numerosos estudos foram realizados na calote de gelo sobre o Antárctico Ocidental, porque esta região sozinha contem água suficiente para fazer aumentar o nível do mar de 6 metros. Recentemente, uma grande parte da plataforma glaciar de Larsen na Antárctida (equivalente a metade da ilha da Córsega) foi separada do resto desta plataforma. O problema é que isto pode tornar as calotas glaciares antárctica menos estáveis, que podem deslizar no mar e, por consequência, aumentar enormemente o nível dos oceanos.
As temperaturas de verão na Gronelândia, e ao contrário da Antárctida, são suficientemente elevadas para fundir algumas calotas glaciares nesta zona, o que torna esta região mais susceptível para contribuir na subida do nível do mar que a Antárctida.

- A alteração das quantidades de água líquida armazenada nos continentes, nos reservatórios e nas águas subterrâneas, é susceptível de modificar o nível do mar, mas não se sabe, ainda, em que proporção.Os modelos informáticos prevêem que o nível do mar continuará a subir ao longo deste século. As incertezas são enormes, porque os cientistas não dispõem de dados suficientes, de longo termo e repartidos em todo o planeta, para testar convenientemente estes modelos. No entanto, as melhores previsões estimam uma subida do nível do mar de 11 a 77 centímetros no final do século 21. Mesmo se estas previsões sejam válidas, todos os estudos mostram que a subida do nível do mar não será idêntica por toda a parte no mundo.
Quais são as consequências de uma subida do nível do mar?

Quando o nível do mar subir 1 centímetro, 1 metro de terras costeiras desapareceram no oceano. As consequências deste desastre são enormes:

- A maior parte da população mundial vive junto à costa. No Bangladesh, por exemplo, 17 milhões de pessoas, aproximadamente, vivem numa zona costeira com menos de um metro acima do nível do mar.

- Inundações importantes representam uma ameaça para os humanos. Um grande número da população mundial corre o risco de morrer e os movimentos destas população fugindo das zonas costeiras inundadas, em particular nos países em vias de desenvolvimento, aumentarão o risco de propagação de doenças. A quantidade e a qualidade da água doce será alterada e a saúde publica será prejudicada.

- Muitas espécies vivas correm o risco de desaparecer porque não podem adaptar-se muito rapidamente à alteração da salinidade ou à diminuição da superfície coberta de gelo.

- As regiões costeiras são essenciais na pesca, no comercio, na agricultura e no turismo. As muralhas de protecção contra as inundações instaladas junto à costa protegem estas actividades, economicamente importantes, das oscilações naturais do nível do mar. No entanto, estas protecções podem igualmente conduzir a subida do nível do mar nas zonas costeiras quando impedem o oceano de se expandir ou transbordar nas planícies naturais. Pode-se ter, então, lugar a inundações catastróficas se estas protecções forem destruídas.

Fonte: "Environmental Science Published for Everybody Round the Earth Educational Network on Climate"
Fonte: fotos.sapo.pt/madureira/pic/00049s6a/s500x500
penelambiente*

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cavaleiros do Apocalípse em Copenhaga

Greenpeace solta Cavaleiros do Apocalípse em Copenhaga

A Greenpeace deixou mais um sinal do que poderá acontecer caso não seja assinado um Acordo climático vinculativo, justo e ambicioso em Copenhaga. Ontem, dia 14 de Dezembro, a organização juntou à porta do Parlamento dinamarquês, em Copenhaga, os quatro cavaleiros do Apocalipse, caracterizados de modo a simbolizar, cada um, a morte, a fome, a guerra e a peste - quatro catastrófes que a humanidade poderá ter de enfrentar no futuro caso não sejam tomadas medidas fortes para conter as alterações climáticas.



Fonte: Greenpeace

Al Gore alerta que o Ártico pode derreter em 2014

O ex-vice-presidente americano Al Gore acredita que o Oceano Árctico poderá ficar quase sem gelo durante o Verão de 2014. O alerta foi feito ontem à margem da cimeira sobre alterações climáticas, em Copenhaga, e resulta de novas projecções baseadas em modelos feitos por computador.

A previsão contraria outra publicada no início do ano por uma agência do governo norte-americano que prevê que o gelo do Ártico apenas desaparecerá em 2030. No entanto, Al Gore assegura que alguns modelos apontam que há 75% de hipóteses de a camada de gelo do Pólo Norte desaparecer no Verão, dentro de cinco ou sete anos.

“É difícil de traduzir o assombro que os especialistas na ciência do gelo sentiram quanto viram isso”, disse Gore, que se uniu a autoridades da Escandinávia para apresentar os dados. O grupo apresentou dois novos estudos que actualizam os possíveis desdobramentos e transformações climáticas no Pólo Norte.
Fonte: Agências

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Consumo de Soja previne recorrência do cancro

Consumo moderado de soja previne recorrência do cancro da mama

O consumo diário de 5,3 a 11 gramas de alimentos à base de soja pode ajudar a reduzir em 29 por cento o risco de morte e em 32 por cento a probabilidade de recorrência do cancro da mama nas mulheres. Estas conclusões estão patentes num estudo do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, nos EUA, publicado na revista da Associação Médica Americana.“Verificámos que as mulheres com historial de cancro da mama, que consumiam quantidades moderadas de alimentos de soja, tinham prognósticos mais favoráveis”, afirma Xiao Ou Shu, autor do estudo.
O investigador acrescentou que “a soja tem um efeito muito similar ao do tamoxifeno”, que bloqueia a acção do estrogénio no corpo. Na realidade, explica o cientista, este alimento reduz os níveis de estrogénio na medida em que se liga aos seus receptores. Esta investigação incluiu cinco mil mulheres diagnosticadas com cancro da mama entre 2002 e 2006, cujas idades se situavam entre os 20 e os 75 anos.


fonte "Ciência Hoje"