sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tetraneta de Darwin integra Expedição

Tetraneta de Darwin integra Expedição «As Espécies e o Clima»


Sarah Darwin, tetraneta do autor de “A Origem das Espécies”, incorpora na comitiva do veleiro Amsterdan Clipper, que neste momento se encontra a reconstituir o percurso do navio HMS Beagle pelo Hemisfério Sul no século XIX. Numa escala no Rio de Janeiro, a descendente de Charles Darwin falou sobre a necessidade de percorrer o caminho do seu tetravô e observar as diferenças 150 anos após a publicação da obra que revolucionou o pensamento da biologia moderna, afirmando que o Homem não tem o “direito divino” de destruir a Natureza.

“Darwin fez grandes observações. Ele realmente sentiu e vivenciou as paisagens e o meio ambiente”, disse a também bióloga, que defende ainda a necessidade de se “pensar com a mente e trabalhar com o coração” para conservar os biomas naturais.

Sarah Darwin integra a “Expedição Darwin - As Espécies e o Clima”, uma iniciativa da rede de televisão e rádio holandesa VPRO que irá produzir um documentário de 35 episódios sobre as observações e descobertas do naturalista inglês, a partir dos locais visitados por ele, entre 1831 e 1836. Até Maio de 2010, a equipa holandesa irá acolher no veleiro 50 cientistas de diferentes países, entre paleontólogos, teólogos, biólogos, oceanógrafos e especialistas em navegação para realizar pesquisas e observações.


A expedição é uma “declaração de amor ao privilégio de viver neste planeta”, afirmou a bióloga, para quem é um orgulho andar pela floresta tropical e reproduzir “o tipo de emoção que Darwin provavelmente sentiu”.O naturalista inglês passou por vários lugares que foram importantes para a elaboração da sua teoria, como as formações rochosas de Cabo Verde, os remanescentes fósseis da preguiça gigante na Argentina e as aves de Galápagos. Contudo, na opinião da sua tetraneta, o Brasil foi o país onde Darwin mais se impressionou.

O naturalista inglês passou por vários lugares que foram importantes para a elaboração da sua teoria, como as formações rochosas de Cabo Verde, os remanescentes fósseis da preguiça gigante na Argentina e as aves de Galápagos. Contudo, na opinião da sua tetraneta, o Brasil foi o país onde Darwin mais se impressionou.


impressionando-se com a sua biodiversidade" impressionando-se com a sua biodiversidade"
Darwin explorou a Mata Atlântica brasileira, impressionando-se com a sua biodiversidade“Darwin conta nos seus relatos que ficou sem palavras para descrever a sua emoção ao andar pelas paisagens brasileiras. Num só hectare da Mata Atlântica, há mais espécies do que em toda a Grã Bretanha”, explicou Sarah Darwin. Ao aportar em Salvador, Darwin caminhou pela Mata Atlântica próxima do litoral. “Hoje temos que viajar três horas de carro para chegar à mata”, lastimou, ao referir que actualmente restam apenas sete por cento da cobertura vegetal original, sendo que menos de meio por cento está em boas condições de preservação.Sarah Darwin realçou que a educação ambiental poderá ser o melhor presente para a nova geração. “Se a próxima geração não amar a natureza, não estará interessada em preservá-la. Nisso, Darwin foi incrivelmente bom, ele integrou-se na natureza”. Esta expedição teve início a 1 de Setembro. Passou por Tenerife, no arquipélago das Canárias, e pela Ilha Selvagem Grande, na Madeira. Aí se encontrou, com a ajuda de um paleontólogo português, um ovo fossilizado que data de 12 a 15 milhões de anos.


Fonte "Ciência Hoje"

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